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Psicóloga e Terapeuta Cognitiva Comportamental formada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas/ USP. Especializada em Transtornos de Ansiedade. Passei a me interessar por distúrbios de ansiedade e desde então tenho me especializado no assunto, com o intuito de ajudar pessoas que assim como você, sofrem e paralisam suas vidas devido a esses transtornos. Aqui neste espaço você terá acesso a conteúdos relacionados a psicologia que podem lhe ajudar a compreender o que tem acontecido com você. Mas isso não substitui a ajuda médica e nem psicológica. Se você chegou até aqui, tenho certeza que acredita em si mesmo e esta procurando o seu caminho para a cura! E ele existe! Seja bem-vindo!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Entendendo a Sindrome do Pânico

A síndrome do pânico é um transtorno psicológico caracterizado por uma ansiedade aguda gerada em resposta a uma situação de fobia (medo) específica, mas que também pode ocorrer espontaneamente sem razão aparente.O sintoma básico do transtorno ou síndrome do pânico é um medo enorme sem explicação, indefinido, medo infundado; você acha ridículo sentir esse medo, mas não consegue controlar. Sabe de tudo o que tem que fazer para não ter novamente uma crise mas acaba tendo. É o medo do medo. A crise é caracterizada pela presença de ataques de pânico. São súbitas, repentinas, espontâneas, com forte sensação de medo, perigo, de desmaio, de derrame cerebral, loucura ou morte iminente (o que nunca ocorre); sensação de alerta ou de fuga, necessidade de socorro imediato ou até de se encolher num canto, agitação e múltiplos sintomas indefiníveis, medo de perder o controle. Enfim, um terrível mal estar. Você se sente totalmente inseguro, como uma criança. Não houve nenhum fator que o precipitasse. De repente a pessoa sente um mal estar estranho na cabeça como se fosse perder a razão, a consciência. É muito comum a pessoa pensar ou ter a sensação que esta enlouquecendo, o que chamamos de desrealização. É comum uma sensação de estar fora da realidade; ou um mal estar generalizado, como um pressentimento algo muito grave fosse acontecer. E é nesse momento que um outro sintoma (bastante característico) aparece: a necessidade de estar ao lado de alguém que traga segurança. Geralmente, um parente próximo. Alguém que possa socorrer caso se sinta mal. Acaba-se colocando a responsabilidade da sua vida na mão de outra pessoa, pois a pessoa não se sente capaz de aguentar a ela mesma ou acha que não consegue sozinha. Podem surgir sensações de palpitações no coração, falta de ar ou dificuldade de respirar, sensação de sufocação ou bolo na garganta, mãos e pés molhados e frios, formigamento nos braços, pernas ou nos rostos, zumbido ou pressão nos ouvidos (como se fosse pressão baixa ou labirintite), suor ou tremedeira generalizado, distúrbio como (náuseas, enjôos, diarréia, gases, vontade irresistível de urinar, falta ou excesso de apetite), desânimo acentuado, mal estar geral, insônia ou sono excessivo, ondas de calor ou frio, tonteiras entre muitos outros sintomas. Pessoas predispostas (As pessoas predispostas à Síndrome do Pânico, em geral, são extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, além de perfeccionistas e meticulosas. São também muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos. As características de personalidade mais comuns das pessoas predispostas ao transtorno de ansiedade são:• Seriedade; • Perfeccionismo; • Bom caráter; • Sensação de pressão sobre si mesmo; • Sentimento de desproteção; • Preocupação com o amanhã; • Pensamento negativo recorrente; • Medos de infância; • Presença de um dos pais autoritário ou perfeccionista) síndrome podem desencadeá-la depois de passar por situações traumáticas, essas situações traumáticas não tem data definida, alguém que assou por uma situação há 8 anos pode vir desencadear a crise assim como alguém que acabou de passar por um assalto em cinco minutos.. Dias , semanas ou meses depois de determinados problemas como perda de entes queridos, desemprego, doenças no lar, pré ou pós-operatórios, assaltos, seqüestros, acidentes, etc. Como a síndrome do pânico varia muito na sua intensidade, nem todos sentem os mesmos sintomas. A crise do pânico pode ser classificada em leve, moderada, grave e muito grave. Alguns portadores do pânico, apesar de muito desconforto, conseguem trabalhar com dificuldades, devido à necessidade; porém outros não conseguem nem mesmo sair da porta de sua casa, ficando confinados, reclusos em seu lar. À medida que o pânico se agrava, diminui o seu raio de ação, ficando bloqueados à mercê de seu “inimigo oculto”.

Tipos de ataques de pânico

– Ataque de pânico espontâneo — nos quais não são identificados os estímulos desencadeantes (gatilhos da síndrome do pânico)
– Ataque de pânico situacionalmente determinado — onde se identifica o estimulo desencadeante como por exemplo estar no cinema, mercado, túnel, avião, calçada, multidão, etc.
– Ataque de pânico situacionalmente predisposto — onde é provável, mas não há certeza, de que ocorrerá um ataque de pânico em contato com determinado estímulo.

Ao iniciar o tratamento da síndrome do pânico devemos observar algumas condições:

– Diagnóstico realizado por um psicólogo, pois os sintomas podem confundir e fazer uma pessoa acreditar que está com pânico quando na realidade pode apresentar outro quadro ansioso.
– O tratamento da síndrome do pânico poderá ser mais efetivo quanto mais “isolado” estiver, ou seja, se não houver comorbidades (outros transtornos juntos como Transtorno Obsessivo Compulsivo, depressão, fobia social, hipocondria, delírios, esquizofrenia, etc ).
– É importante que haja disposição para realizar as tarefas, caso sejam oferecidas pelo psicólogo, entre as sessões para serem realizados durante a semana (no caso do tratamento pelo Terapia cognitiva comportamental que poe oferecer tarefas para casa).
– Comprometimento também é importante. Não interromper o tratamento nem prejudicá-lo com ingestão de químicas.
Tratamentos:
Terapia Comportamental
Terapia Comportamental Cognitiva
Psicoterapia
É importante ressaltar que muitas vezes o tratamento implica uma parte medicamentosa e outra comportamental, dependendo do nivel que o transtorno esta manifestado. O tratamento para a síndrome do pânico inclui cuidar da doença em si e dos problemas que podem estar associados a ela como, por exemplo, a depressão. Os medicamentos mais utilizados são os antidepressivos e ansiolíticos, associados à psicoterapia. Essa junção costuma obter bons resultados.



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