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Psicóloga e Terapeuta Cognitiva Comportamental formada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas/ USP. Especializada em Transtornos de Ansiedade. Passei a me interessar por distúrbios de ansiedade e desde então tenho me especializado no assunto, com o intuito de ajudar pessoas que assim como você, sofrem e paralisam suas vidas devido a esses transtornos. Aqui neste espaço você terá acesso a conteúdos relacionados a psicologia que podem lhe ajudar a compreender o que tem acontecido com você. Mas isso não substitui a ajuda médica e nem psicológica. Se você chegou até aqui, tenho certeza que acredita em si mesmo e esta procurando o seu caminho para a cura! E ele existe! Seja bem-vindo!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Estou enlouquecendo e vou morrer agora, tenho certeza! Acreditem em mim pois estou morrendo!


Você já passou por isso? Já disse isso para os seus familiares, já teve medo de falar, pensou em parar de sair de casa pois poderia se perder em algum lugar e nunca mais conseguir voltar sozinho? Já passou a depender de alguém por causa disso? Já disse para você mesmo: - Acho que estou enlouquecendo, perdendo a noção das coisas, estou sentindo que nada disso existe, o mundo não existe, as pessoas não existem, nada disso existe, acho que estou ficando louco. Você já se pegou pensando nisso? Bom, a primeira coisa que você deve saber é que não esta ficando louco,  quem “enlouquece” não sabe que enlouqueceu ou que está enlouquecendo, esse é um outro processo que não tem ligação com o que você esta sentindo. Você esta tendo um ataque ansioso e isso é normal. Então, se você está sentindo que esta enlouquecendo, isso pode ser um sintoma ansioso ou o seu próprio corpo criando uma defesa psíquica para lhe proteger de mais dor ou até mesmo da sua própria sensação de ansiedade. O que muita gente não sabe é que o nosso corpo também se cansa de sentir a ansiedade, e ele é um organismo tão alto suficiente que bloqueia a dor da ansiedade, do cansaço físico , do desgaste psicológico e faz com que você entre em “Stand-by” por isso, as vezes, você sente que esta longe, que não esta aqui. Isso também pode ser entendido como despersonalização que é uma desordem dissociativa que ocorre por causa da sua ansiedade.  Nas áreas da psiquiatria e da psicologia, a despersonalização é entendida como uma desordem dissociativa, caracterizada por experiências de sentimentos de irrealidade, de ruptura com a personalidade, processos amnésicos e apatia e esta intimamente ligada a ansiedade.  Enquanto desordem isolada, é desencadeada pela vivência de uma situação traumática, como maus tratos (de natureza física ou psicológica), acidentes, desastres. Esta pode ainda despoletar-se no indivíduo se este atravessar um conflito interno insuportável: a mente passa por um processo inconsciente de dissociação - separa (dissocia) conhecimento, informações ou sentimentos incompatíveis ou inaceitáveis oriundos do pensamento (realidade) consciente. Foi descrita pela primeira vez pelo psiquiatra francês Ludovic Dugas.A despersonalização é uma experiência comum, devendo-se fazer este diagnóstico apenas se os sintomas forem suficientemente severos para causar sofrimento acentuado ou prejuízo no funcionamento (Critério C). Uma vez que a despersonalização é uma característica comumente associada a muitos outros transtornos mentais, um diagnóstico separado de Transtorno de Despersonalização não é feito se a experiência ocorre exclusivamente durante o curso de outro transtorno mental (por ex., Esquizofrenia, Transtorno de Pânico, Transtorno de Estresse Agudo ou outro Transtorno Dissociativo). Uma característica importante da despersonalização é que a pessoa tem total noção de que os seus sintomas não são normais e de que algo está errado consigo. O indivíduo pode perceber uma alteração insólita no tamanho ou forma dos objetos (macropsia ou micropsia), pode apresentar fotossensibilidade (sentir-se ofuscado e incomodado por luz) e as pessoas podem parecer estranhas ou mecânicas. Outras características associadas incluem sintomas de ansiedade, sintomas depressivos e uma perturbação do sentido de tempo. A pessoa sente-se desapegada dos seus amigos e familiares, começa a sentir o mundo de uma forma diferente e irreal, bem como um grande vazio no seu íntimo, como se a sua personalidade se lhe tivesse sido "roubada" (daí o nome de despersonalização, da ruptura da personalidade), o que a leva a isolar-se. Num período inicial, desorganizado da doença, instauram-se, por vezes, sintomas depressivos perante a grande mudança que se operou na forma da pessoa percepcionar o mundo, os outros e a si própria. Em conjunto com sintomas depressivos, muitas vezes, o paciente fica obcecado em busca de uma causa para todos estes sintomas. Muitas vezes, são os pacientes que realizam o seu próprio diagnóstico. Isto é natural, visto o pouco conhecimento que os clínicos têm sobre esta patologia, bem como a dificuldade que os indivíduos possuem em explicar os seus sintomas. A forma como uma pessoa percepciona e sente a realidade, o seu "eu" e a relação com os outros é algo tão subtil e vago que, por vezes, apenas metáforas e analogias podem explicar estes sintomas. A despersonalização é a alteração da sensação a respeito de si próprio, enquanto a desrealização é a alteração da sensação de realidade do mundo exterior sendo preservada a sensação a respeito de si mesmo. Contudo ambas podem acontecer simultaneamente. A classificação norte-americana não distingue mais a desrealização da despersonalização, encarando-as como o mesmo problema. Contrariamente ao que o nome pode sugerir, a despersonalização não trata de um distúrbio de perda da personalidade: este problema inclusive não tem nenhuma relação com qualquer aspecto da personalidade normal ou patológica. O aspecto central da despersonalização é a sensação de estar desligado do mundo como se, na verdade, estivesse sonhando. O indivíduo que experimenta a despersonalização tem a impressão de estar num mundo fictício, irreal mas a convicção da realidade não se altera. A desrealização é uma sensação e não uma alteração do pensamento como acontece nas psicoses onde o indivíduo não diferencia realidade da "fantasia". Na despersonalização o indivíduo tem preservado o senso de realidade apesar de ter uma sensação de que o que está vendo não é real. É comum a sensação de ser o observador de si próprio e até sentir o movimento de saída de dentro do próprio corpo de onde se observa a si mesmo de um lugar de fora do próprio corpo. A ocorrência eventual das sensações de despersonalização ou desrealização é comum. Algumas estatísticas demonstram que aproximadamente 70% da população em geral já experimentou alguma vez esses sintomas, não podendo constituir um transtorno enquanto ocorrência esporádica. Porém se acontece continuamente ou com frequência proporcionando significativo sofrimento, passa a ser considerado um transtorno. A severidade pode chegar a um nível de intensidade tal que o paciente deseja morrer a continuar vivendo. Por isso é importante fazer todos os tipos de exames e se constatar qualquer transtorno de personalidade saiba que você pode ter esse sintoma e que você pode se curar! Isso é apenas ansiedade!

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