Você já passou por isso? Já disse isso para os seus
familiares, já teve medo de falar, pensou em parar de sair de casa pois poderia
se perder em algum lugar e nunca mais conseguir voltar sozinho? Já
passou a depender de alguém por causa disso? Já disse para você mesmo: - Acho
que estou enlouquecendo, perdendo a noção das coisas, estou sentindo que nada
disso existe, o mundo não existe, as pessoas não existem, nada disso existe,
acho que estou ficando louco. Você já se pegou pensando nisso? Bom, a primeira
coisa que você deve saber é que não esta ficando louco, quem “enlouquece” não sabe que
enlouqueceu ou que está enlouquecendo, esse é um outro processo que não tem
ligação com o que você esta sentindo. Você esta tendo um ataque ansioso e isso é
normal. Então, se você está sentindo que esta enlouquecendo, isso pode ser um
sintoma ansioso ou o seu próprio corpo criando uma defesa psíquica para lhe proteger
de mais dor ou até mesmo da sua própria sensação de ansiedade. O que muita
gente não sabe é que o nosso corpo também se cansa de sentir a ansiedade, e ele
é um organismo tão alto suficiente que bloqueia a dor da ansiedade, do cansaço
físico , do desgaste psicológico e faz com que você entre em “Stand-by” por
isso, as vezes, você sente que esta longe, que não esta aqui. Isso também pode
ser entendido como despersonalização que é uma desordem dissociativa que ocorre
por causa da sua ansiedade. Nas
áreas da psiquiatria e da psicologia, a despersonalização é entendida como uma
desordem dissociativa, caracterizada por experiências de sentimentos de
irrealidade, de ruptura com a personalidade, processos amnésicos e apatia e
esta intimamente ligada a ansiedade. Enquanto desordem isolada, é desencadeada pela
vivência de uma situação traumática, como maus tratos (de natureza física ou
psicológica), acidentes, desastres. Esta pode ainda despoletar-se no indivíduo
se este atravessar um conflito interno insuportável: a mente passa por um
processo inconsciente de dissociação - separa (dissocia) conhecimento,
informações ou sentimentos incompatíveis ou inaceitáveis oriundos do pensamento
(realidade) consciente. Foi descrita pela primeira vez pelo psiquiatra francês
Ludovic Dugas.A despersonalização é uma experiência comum, devendo-se fazer
este diagnóstico apenas se os sintomas forem suficientemente severos para
causar sofrimento acentuado ou prejuízo no funcionamento (Critério C). Uma vez
que a despersonalização é uma característica comumente associada a muitos
outros transtornos mentais, um diagnóstico separado de Transtorno de
Despersonalização não é feito se a experiência ocorre exclusivamente durante o
curso de outro transtorno mental (por ex., Esquizofrenia, Transtorno de Pânico,
Transtorno de Estresse Agudo ou outro Transtorno Dissociativo). Uma característica
importante da despersonalização é que a pessoa tem total noção de que os seus
sintomas não são normais e de que algo está errado consigo. O indivíduo pode
perceber uma alteração insólita no tamanho ou forma dos objetos (macropsia ou
micropsia), pode apresentar fotossensibilidade (sentir-se ofuscado e incomodado
por luz) e as pessoas podem parecer estranhas ou mecânicas. Outras
características associadas incluem sintomas de ansiedade, sintomas depressivos
e uma perturbação do sentido de tempo. A pessoa sente-se desapegada dos seus
amigos e familiares, começa a sentir o mundo de uma forma diferente e irreal,
bem como um grande vazio no seu íntimo, como se a sua personalidade se lhe
tivesse sido "roubada" (daí o nome de despersonalização, da ruptura
da personalidade), o que a leva a isolar-se. Num período inicial, desorganizado
da doença, instauram-se, por vezes, sintomas depressivos perante a grande
mudança que se operou na forma da pessoa percepcionar o mundo, os outros e a si
própria. Em conjunto com sintomas depressivos, muitas vezes, o paciente fica
obcecado em busca de uma causa para todos estes sintomas. Muitas vezes, são os
pacientes que realizam o seu próprio diagnóstico. Isto é natural, visto o pouco
conhecimento que os clínicos têm sobre esta patologia, bem como a dificuldade
que os indivíduos possuem em explicar os seus sintomas. A forma como uma pessoa
percepciona e sente a realidade, o seu "eu" e a relação com os outros
é algo tão subtil e vago que, por vezes, apenas metáforas e analogias podem
explicar estes sintomas. A
despersonalização é a alteração da sensação a respeito de si próprio, enquanto
a desrealização é a alteração da sensação de realidade do mundo exterior sendo
preservada a sensação a respeito de si mesmo. Contudo ambas podem acontecer
simultaneamente. A classificação norte-americana não distingue mais a
desrealização da despersonalização, encarando-as como o mesmo problema. Contrariamente ao que o nome
pode sugerir, a despersonalização não trata de um distúrbio de perda da
personalidade: este problema inclusive não tem nenhuma relação com qualquer
aspecto da personalidade normal ou patológica. O aspecto central da despersonalização é a sensação
de estar desligado do mundo como se, na verdade, estivesse sonhando. O indivíduo
que experimenta a despersonalização tem a impressão de estar num mundo
fictício, irreal mas a convicção da realidade não se altera. A desrealização é
uma sensação e não uma alteração do pensamento como acontece nas psicoses onde
o indivíduo não diferencia realidade da "fantasia". Na
despersonalização o indivíduo tem preservado o senso de realidade apesar de ter
uma sensação de que o que está vendo não é real. É comum a sensação de ser o
observador de si próprio e até sentir o movimento de saída de dentro do próprio
corpo de onde se observa a si mesmo de um lugar de fora do próprio corpo. A ocorrência eventual das
sensações de despersonalização ou desrealização é comum. Algumas estatísticas
demonstram que aproximadamente 70% da população em geral já experimentou alguma
vez esses sintomas, não podendo constituir um transtorno enquanto ocorrência
esporádica. Porém se acontece continuamente ou com frequência proporcionando
significativo sofrimento, passa a ser considerado um transtorno. A severidade
pode chegar a um nível de intensidade tal que o paciente deseja morrer a
continuar vivendo. Por isso é importante fazer todos os tipos de exames e se
constatar qualquer transtorno de personalidade saiba que você pode ter esse
sintoma e que você pode se curar! Isso é apenas ansiedade!
Esse blog tem o objetivo de ajudar pessoas em seu crescimento pessoal através de informações da área da Psicologia.
Quem sou eu
- Julia Phintener
- Psicóloga e Terapeuta Cognitiva Comportamental formada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas/ USP. Especializada em Transtornos de Ansiedade. Passei a me interessar por distúrbios de ansiedade e desde então tenho me especializado no assunto, com o intuito de ajudar pessoas que assim como você, sofrem e paralisam suas vidas devido a esses transtornos. Aqui neste espaço você terá acesso a conteúdos relacionados a psicologia que podem lhe ajudar a compreender o que tem acontecido com você. Mas isso não substitui a ajuda médica e nem psicológica. Se você chegou até aqui, tenho certeza que acredita em si mesmo e esta procurando o seu caminho para a cura! E ele existe! Seja bem-vindo!
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